Rússia se prepara para possível confronto militar com Ocidente, diz serviço de inteligência

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A Rússia está se preparando para um possível confronto militar com o Ocidente. É o que aponta um relatório do Serviço de Inteligência Externa da Estónia, divulgado nesta terça-feira (13), que teve como base o planejamento do governo russo de dobrar o número de forças militares ao longo da fronteira e de reestruturar brigadas até 2026.

"A Rússia escolheu um caminho que é um confronto de longo prazo. Na mentalidade do Kremlin, eles não estão apenas lutando contra os ucranianos, mas seu caminho envolve um confronto de longo prazo com todo o ‘Ocidente coletivo’”, diz o relatório.

A principal motivação do presidente Vladimir Putin em entrar em guerra com o Ocidente seria a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). No ano passado, a entidade, que conta com mais de 30 países, aprovou a entrada da Finlândia - que faz fronteira com a Rússia. Neste ano, a aliança militar aprovou a adesão da Suécia.

O cenário é visto como uma ameaça por Moscou, uma vez que a Otan passou a ter 1,3 mil quilômetros da Finlândia adicionados à aliança, isolando ainda mais o território russo. Segundo Putin, caso contingentes e infraestruturas militares sejam mobilizados para as fronteiras, o país será "obrigado a responder de forma simétrica".

“A Rússia pretende aumentar seu pessoal militar, reestruturar 12 brigadas de infantaria terrestres e navais em divisões e criar dezenas de novas unidades maiores do que regimentos das forças terrestres, aéreas e navais. A formação de muitas dessas unidades já começou, mas o principal desafio é a escassez de militares e oficiais contratados, o que atrasa o processo de formação da unidade”, diz o relatório.

A recomendação é que o Ocidente se prepare para um possível conflito com a Rússia, aproveitando, sobretudo, a escassez russa de materiais balísticos devido à guerra na Ucrânia. "Se não estivermos preparados, a probabilidade [de um ataque militar russo] será muito maior do que sem qualquer preparação", disse o chefe do serviço de inteligência, Kaupo Rosin.


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