Além de desenhista, ele também era chargista, caricaturista e jornalista, e teve um papel fundamental como um dos fundadores do jornal "O Pasquim" nos anos 60, que enfrentou a ditadura militar no Brasil.
Nascido em 24 de outubro de 1932 em Caratinga (MG), Ziraldo cresceu em meio a sete irmãos e foi batizado com a combinação dos nomes de sua mãe, Zizinha, e de seu pai, Geraldo. Desde criança, ele era um leitor voraz e teve seu primeiro desenho publicado aos seis anos de idade, em 1939, no jornal "A Folha de Minas".
Sua carreira decolou nos anos 50, quando começou a trabalhar na revista "Era uma vez..." e posteriormente passou a criar páginas de humor para o "A Folha de Minas". Em 1957, ele se formou em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte, e também começou a colaborar com revistas como "A Cigarra" e "O Cruzeiro". No mesmo ano, casou-se com sua namorada de sete anos, Vilma Gontijo, com quem teve três filhos: Daniela, Fabrizia e Antônio.
A morte de Ziraldo foi confirmada pelo Instituto ZIraldo, que postou uma homenagem nas redes sociais.
A obra de Ziraldo está em destaque no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro com a exposição "Mundo Zira - Ziraldo Interativo". Em exibição de 06 de março a 13 de maio de 2024 no CCBB.
O presidente Lula lamentou a morte de Ziraldo e exaltou a obra e a luta do cartunista contra a ditadura militar "São inúmeras e diversas as contribuições de Ziraldo, seja com a turma do Pererê, em seu trabalho à frente do Pasquim, nos anos da ditadura, em livros inesquecíveis, como Flicts, e num extenso trabalho em revistas e jornais brasileiros. Na defesa da imaginação, de um Brasil mais justo, com democracia e liberdade de expressão.", escreveu em suas redes sociais.
0 Comentários
Os comentários não representam a opinião deste site; a responsabilidade é do autor da mensagem.