Criança palestina carrega galão de água em área da Faixa de Gaza atingida por bombardeios israelenses |Divulgação/ UNRWA
“Estamos muito abaixo dos padrões de emergência em termos de água potável para a população de Gaza”, afirmou o porta-voz do Unicef, James Elder, durante coletiva de imprensa em Genebra. Elder advertiu que, caso o bloqueio à ajuda humanitária continue, “as crianças começarão a morrer de sede”.
“Em uma guerra já marcada pela brutalidade, Gaza agora se equilibra na sua fase mais letal”, acrescentou.
Segundo dados da agência, das 217 instalações de produção de água potável existentes em Gaza, apenas 87 estão em funcionamento. “Gaza enfrenta o que seria equivalente a uma seca provocada pelo homem. Os sistemas de água estão colapsando”, declarou Elder.
Porém, como se trata de uma situação causada por ações humanas, ele ressaltou que o cenário pode ser revertido. “Nenhum desses problemas é logístico ou técnico. São políticos. A negação virou política. Se houver vontade política, a crise da água pode ser aliviada da noite para o dia.”
Ataques israelenses matam 21 desde o amanhecer
Os ataques de Israel seguem em diferentes regiões da Faixa de Gaza. Pelo menos 21 palestinos foram mortos desde o amanhecer, segundo fontes hospitalares ouvidas pelo canal Al Jazeera.
Entre os mortos, 11 buscavam ajuda humanitária. Outros três foram atingidos em um ataque ao bairro de Zeitoun, no sul da Cidade de Gaza.
Desde o início da guerra, em outubro de 2023, mais de 55 mil pessoas morreram em ataques israelenses, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Cerca de 65% das vítimas são crianças, mulheres e idosos.
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