Almezinda Maria da Fonseca de Abreu e Sebastião Francisco de Abreu morreram com apenas duas horas de diferença | Arquivo pessoal
Sebastião enfrentava problemas de saúde há mais de um ano. Em 2024, passou por uma cirurgia após fraturar a cabeça do fêmur, e a recuperação foi longa. Nos últimos 40 dias, ele esteve internado por conta de uma infecção urinária e, depois, uma pneumonia agravada por insuficiência cardíaca. Durante todo esse tempo, Almezinda não saiu do lado do marido.
A despedida começou no hospital. No dia 20 de agosto, Sebastião piorou e Almezinda temeu pelo pior. Ao falar com um dos filhos, disse que não iria aguentar ficar sem o marido e que “iria encontrá-lo” caso algo acontecesse. No final do dia, Sebastião faleceu. Menos de duas horas depois, Almezinda foi levada ao UPA após sofrer um ataque cardiogênico fulminante. Ela faleceu sem saber da morte do marido.
O casal deixa dois filhos e seis netos. Os corpos foram velados juntos e sepultados na mesma cova no Cemitério Municipal de São João del-Rei. A despedida reuniu familiares, amigos e vizinhos.
“Quando o coração do meu pai parou, parece que o da minha mãe também parou junto. Parece que ele saiu dali só para buscar ela”, contou Tiago Abreu, um dos filhos do casal. “Ficamos com saudade, mas não com tristeza. Porque eles viveram e morreram do jeito que escolheram: juntos, em paz, com fé. E deixaram um legado que a gente carrega com orgulho”, acrescentou.
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