Protesto em Petrolina cobra resposta da polícia sobre o Caso Beatriz

Ato ganhou apoio de motoristas e motociclistas que passavam pelo local.
Crime aconteceu no dia 10 de dezembro. Nenhum suspeito foi preso.




Manifestação foi realizada nesta segunda-feira (28) em Petrolina (Foto: Taisa Alencar / G1)

Inconformados com a falta de resposta das autoridades sobre o caso da menina Beatriz Angelica Mota, de 7 anos, assassinada a facadas no último dia 10, dezenas de pessoas participaram de uma manifestação pedindo justiça. O ato foi realizado nesta segunda-feira (28), na Praça Maria Auxiliadora, Zona Central de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O crime ocorreu no colégio Nossa Senhora Auxiliadora, durante uma aula da saudade das turmas do terceiro ano. Beatriz foi encontrada morta em uma sala de material esportivo que estava desativada. Até o momento, nenhum suspeito foi apresentado pela polícia.
Adultos e crianças participaram da manifestação com cartazes pedindo paz e justiça (Foto: Taisa Alencar / G1)Adultos e crianças participaram da manifestação
com cartazes pedindo paz e justiça
(Foto: Taisa Alencar / G1)
A manifestação foi organizada pelo Grupo de Jovens Resgate, da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, da cidade vizinha de Juazeiro, na Bahia, local onde a família da criança mora. Na Praça Maria Auxiliadora, os participantes pediam por justiça e paz.
“É um crime emblemático que aconteceu aqui em Petrolina, porque foi dentro de uma escola tradicional, era uma criança que não tem defesa e foi durante uma festa onde existiam centenas de pessoas. Não é possível que não se tenha nenhum suspeito, que não se tenha uma luz. A gente está as cegas sem saber. Isso revolta qualquer pai, qualquer mãe de Petrolina”, disse o publicitário Marcos Brasil, pai de uma menina de seis anos.
O publicitário pediu ainda uma resposta da polícia sobre o andamento das investigações. “Será que nós temos todo o aparato científico necessário para desvendar esse crime ou será necessário trazer da capital ou até do Governo Federal? Existe um psicopata solto. E o que mais nos incomoda é a impunidade. Daqui a pouco vai começar o ano letivo, vamos levar as crianças para a escola, mas não vamos ter paz. Vamos está sofrendo por dentro, porque nós não sabemos quem praticou o crime”, explicou.
Manifestantes fecharam a Avenida Joaquim Nabuco (Foto: Taisa Alencar / G1)Manifestantes fecharam a Avenida Joaquim Nabuco (Foto: Taisa Alencar / G1)
Segundo a coordenadora do Grupo de Jovens, Gabriela Carneiro, o pedido de justiça é um clamor da sociedade. “É inexplicável que isso tenha acontecido dentro de um colégio. Principalmente porque era uma festa que tinha senha. A gente sabe que é um colégio que tem segurança. Então, a gente pede que a polícia tente ao máximo resolver esse caso. Não é possível que não tenham visto uma pessoa estranha entrar. Alguém deve ter sido visto. Queremos que resolva. A dor que os pais de Beatriz estão sentindo, ninguém pode nem imaginar”, desabafou.
Trânsito ficou lento na Avenids Guararapes  (Foto: Taisa Alencar / G1)Trânsito ficou lento na Avenids Guararapes
(Foto: Taisa Alencar / G1)
Após o primeiro momento de oração o grupo seguiu para o colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde colocaram cartazes pedido justiça. Os manifestantes receberam o apoio de um grupo de motoqueiros e de motoristas que passam pelo local. As avenidas Joaquim Nabuco e Guararapes foram interditadas em vários momentos e o trânsito ficou lento. Em seguida o grupo foi em direção ao Ginásio de Esportes da escola, onde novas orações foram feitas. Somente no final da manifestação, o policiamento de trânsito chegou ao local e interditou umas das faixas da Avenida Guararapes.
Uma nova manifestação foi marcada para o dia 9 de janeiro, às 9h, na Ilha do Fogo. “Que tenham várias manifestações até o caso Beatriz ser solucionado. As vezes vemos que os casos  acontecem e são esquecidos e nada resolvido. Estamos cobrando por uma coisa que já vem acontecendo há muito tempo e queremos e vamos fazer manifestações sempre que for preciso, sempre que houver impunidade. A sociedade não vai ficar calada", disse o membro do Grupo de Jovens Paulo Henrique Carneiro.
Investigações
Degelado Marceone Ferreira assumiu as investigações do caso Beatriz (Foto: Taisa Alencar / G1 )Degelado Marceone Ferreira assumiu as
investigações do caso Beatriz
(Foto: Taisa Alencar / G1 )
Na última quarta-feira (23), o novo delegado responsável pelo caso, Marceone Ferreira, da 26ª Delegacia Seccional de Petrolina concedeu uma entrevista a imprensa. Durante a coletiva o delegado disse que o caso era de alta complexidade, que mais de 50 testemunhas já prestaram depoimento, mas que até o momento nenhum suspeito foi preso.
De acordo com Marceone, as provas testemunhais do caso são praticamente inexistentes e a polícia teria que recorrer a provas técnicas. Três policiais estão analisando as gravações das câmeras do circuito interno e externo do local em busca de evidências. Ferreira informou ainda que uma equipe de peritos de Recife irão ajudar nas investigações.
(Taisa Alencar Do G1 Petrolina)


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