Remédios ilegais apreendidos pela Polícia Civil no Distrito Federal (Foto: Jéssica Nascimento/G1)
Cinco pessoas foram presas no Distrito Federal suspeitas de venderem remédios sem registro no Brasil ou autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ebntre os medicamentos apreendidos está o Cytotec, utilizado para provocar aborto. As apreensões ocorreram entre segunda-feira (1) e quinta-feira (4) na Asa Norte, Taguatinga e São Sebastião.
De acordo com a Polícia Civil, cada comprimido da medicação era repassado por R$ 100. Além do Cytotec, remédios como Pramil (usado para ereção), ritalina, sibutramina (medicação para emagrecimento), anabolizantes e anticoncepcionais também eram vendidos pelo grupo. Segundo a corporação, 7.280 comprimidos foram apreendidos.
A delegada-chefe da Delegacia de Combate aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), Mônica Ferreira, explica que as vendas eram feitas pelo aplicativo WhatsApp e por fóruns na internet. Segundo ela, todos os remédios apreendidos são de uso exclusivo de hospitais e não podem ser vendidos em drogarias ou farmácias.
"Para o aborto ter êxito, por exemplo, é indicado que a mulher tome seis comprimidos do Cytotec. Cada cartela, possui dez. Além de causar a morte do bebê, o medicamento também pode trazer graves consequências para a mãe. Inclusive levá-la à morte", disse.
De acordo com a Polícia Civil, três suspeitos foram identificados como fornecedores e dois como vendedores. Karina Calazans Ribeiro e o primo dela, Lucas Guedes Calazans, de 24 anos, foram presos no pet shop onde trabalhavam, na Asa Norte. Eles eram os vendedores dos remédios.
"A Karina confessou que comprava a medicação por R$ 60 e ganhava lucro de mais de 100%. Ela adquiria a medicação pela internet com um revendedor de Curitiba que ainda não foi identificado", explica a delegada.
Angel Bruno, de 28 anos, Adailton Silva, de 38 anos, conhecido como "Galego" e Francisco Alves eram os fornecedores. Eles disponibilizavam a medicação em todo o Distrito Federal. A esposa de Alves, segundo a delegada, já havia sido presa, em 2013, pelo mesmo crime.
"Os três eram bem conhecidos na capital. O Francisco, por exemplo, foi apreendido em casa e com ele foi encontrada uma agenda com diversos telefones de clientes. A primeira venda registrada havia sido feita em 2012."
Os suspeitos não têm passagem pela polícia. Eles responderão por venda de medicação ilegal. Se condenados, podem pegar de 10 a 15 anos de prisão.
Jéssica NascimentoDo G1 DF
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