Custo da cesta básica cai 0,37% em Petrolina, diz pesquisa


O custa da cesta básica teve uma deflação de 0,37% no último mês em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Já no acumulado do ano, durante os doze meses, houve uma inflação de 18,13%. A informação foi repassada pelo colegiado de economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape), responsável pela pesquisa. Atualmente o valor da cesta básica é de R$ 324,70.
Dados do estudo mostram que um trabalhador do Vale do São Francisco que recebeu um salário mínimo de R$ 880, gastou 36,10% da renda com alimentos, restando R$ 562,67 para despesas com moradia, trasnporte, sáude, serviços pessoas, higiene e vestuário. Com a deflação, houve uma melhora no poder aquisitivo da população, provocado tanto pelo aumento do salário mínimo quanto pela redução dos preços dos produtos. Mas, o professor responsável pela pequisa, João Ricardo, diz que não teve uma maior mudança no cenário atual.
“Houve uma pequena redução dos preços, mas é um pouco enganador. Isso é o reflexo de uma forte redução do preço do tomate, que vinha crescendo bastante nos últimos meses. Mas, se não fosse isso, todos os demais produtos tiveram aumento nesse período. Então, você continua encontrando nos produtos da cesta básica, um crescimento contínuo ao longo do ano, fazendo com que os trabalhadores tenham perda de poder aquisitivo”, relatou João Ricardo.
Os alimentos com maior alta foi o feijão carioca, açúcar, leite e margarina. O aumento no preço do feijão foi causado pelo excesso de chuva nas principais regiões produtoras. O mesmo aconteceu com o leite, ocasionado elevação nos custos de insumos utilizados. Os dois fatores levaram ai aumento não só do leite, como de derivados, como a margarima. Como a produção do etanol está sendo privilegiada ao invés do açúcar, ocorreu uma menor disponibilidade do produto e o preço sobe.
“A sorte é que agora no começo do ano, muitas categorias fazem reposições salariais que vão garantir a melhora do poder aquisitivo da população. Mas, isso não garante que você vai retomar todo o poder de compra que tinha antes desse periodo de inflação”, alertou o professor.
Com um cenário econômico incerto, a dica ainda é economizar. “A ideia é de que os consumidores fiquem atentos aos preços, buscando sempre analisar e comprar apenas quantidades essencias, sem estocar, fazendo pesquisa de preços e susbstituição de produtos quando necessário”, explicou João Ricardo. (Taisa Alencar Do G1 Petrolina)

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