Crianças com microcefalia de municípios do Sertão pernambucano começaram a receber atendimento de reabilitação na Unidade de Pronto Atendimento e de Atenção Especializada(UPAE) esta semana. Um dos pacientes é Rafael, de 7 meses. A mãe dele teve zika durante a gravidez e o diagnóstico de microcefalia foi confirmado 10 dias após o nascimento.
A mãe, Maria do Socorro Pereira, disse que não teve dificuldades para aceitar o filho, mas que precisou de um tempo maior de dedicação. “Eu deixei de trabalhar e estou agora só por conta de Rafael. Dependo muito da ajuda da minha família”, disse a mãe de Rafael.
Rafael fez acopanhamento com fisioterapeuta. “A gente faz os alongamentos e estimulação para aumentar o tônus que está baixado, que é estimulação sensorial das mãozinhas e pés e de todo o corpo”, disse a fisioterapeuta, Mísia Ferraz.
Após o diagnóstico, as crianças poderão contar com uma equipe multiprofissional da Upae de psicólogo, fisioterapeuta, assistente social, terapeuta ocupacional, nutricionista, oftalmologista e otorrinolaringologista. “Se este paciente precisa ir uma, duas ou três vezes na semana isso vai a critério do fisioterapeuta. A outra parte da equipe multidisciplinar, que são os não médicos, havendo necessidade, qualquer dia da semana a gente pode atender esta criança. Já as especialidades médicas como otorrino e oftalmo, nos dias de agendamento”, disse a gerente de ambulatório Apae, Ana Carolina Freire.
A Upae é refrência na região no atendimento de crianças com microcefalia. A previsão era de que os atendimentos começassem em maio. 25 cidades do Sertão de Pernambuco devem ser contempladas.
No último boletim de microcefalia divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), 23 municípios do Sertão estão com 30 casos confirmados da malformação. informações do G1 Petrolina.
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