ACUDADOS
Participam da coletiva no auditório do Ministério Público (MP), os delegados envolvidos no caso, Marceone Ferreira, Sara Machado e Magno Neves, além de um representante do Ministério Público, o promotor de justiça, Lauriney Lopes.
Coletiva de imprensa esclarece asassinato de idosa em Petrolina (Foto: Juliane Peixinho/ G1)
Segundo a delegada de Homicídios, Sara Machado, muitas diligências foram realizadas até chegar na prisão dos dois envolvidos no último sábado (8) e a identificação dos dois adolescentes. “Pelas condições do corpo, tomamos conhecimento que o crime tinha acontecido cerca de 3 a 4 dias, e que o local que o corpo foi encontrado não havia indicativo de arrombamento ou alguma situação que desse a entender que uma pessoa estranha tivesse praticado o crime. Foram feitas investigações iniciais e se tomou conhecimento dos vizinhos que pela última vez foram vistos na companhia da vítima, sentados na porta de casa à noite, entre elas, a acusada e a filha adolescente de 17 anos. Com a ouvida dessas pessoas, a gente percebeu que se entravam em várias contradições”, explicou.
A partir de uma denúncia anônima, a polícia reafirmou o envolvimento da vizinha no assassinato da idosa. “Até então a vizinha negava a participação no crime e a proximidade com a vítima, mas a energia da casa da acusada estava cortada e os filhos dela assistiam televisão na casa da vítima e pegavam água gelada lá. Foi aí que se levantou a situação financeira da vítima e os pertences da casa que poderiam ser roubados”, esclareceu. O crime foi praticado com ajuda de um comparsa, um morador do bairro João de Deus, amigo da família. Com ele, foi encontrado um notebook e um aparelho celular que eram de Abenigna.
VÍTIMA
A motivação do crime foi por fins patrimoniais. “A acusada sabia informar o valor de R$20 mil que a vítima tinha na poupança, a data do dia 4 de abril que receberia o salário, documentos de uma possível indenização que a vítima teria para receber. Foi um crime que houve premeditação", disse a delegada.
Segundo a polícia, o crime foi premeditado. “A vizinha conhecia o jovem através do filho de 14 anos e o tratava como irmão. Os adolescentes participaram do momento do planejamento do crime e ficaram responsáveis por ficarem olhando a rua e a movimentação de pessoas que avisassem para mãe e para o jovem. A vítima foi atingida por um murro no rosto dado pela vizinha e em seguida o jovem amarrou os pés e as mãos da vítima com roupas da vítima e ele disse que não viu o momento em que a vítima foi asfixiada. Essa versão é contestada pela vizinha que diz que a morte por asfixia de Abenigna foi executada pelo jovem com sacolas plásticas e fita adesiva”, relata Machado.
O crime
O corpo de Abeniga Lúcia do Bonfim, de 67 anos, foi encontrado na quarta-feira (5), no bairro Cohab V, na Zona Oeste de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Ela foi achada morta dentro do quarto com um saco na cabeça e os pés amarrados e havia sinais de luta corporal no local.
A polícia foi acionada por uma vizinha que sentiu o mau cheiro partindo da residência da vítima. As portas da casa estavam trancadas e os policiais precisaram arrombar os portões. O quarto da vítima, onde estava o corpo, apresentava sinais de luta corporal.
Segundo os familiares, desde o dia 2 de abril ninguém conseguia falar com a idosa por telefone. Ela tinha o hábito de sentar na porta de casa e não foi vista pelos moradores da Rua 87. Informações da Juliane Peixinho / G1 Petrolina.
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