Médica Virginia Soares de Souza (Foto: Reprodução/RPC)
O caso veio à tona em 2013, quando a polícia prendeu Virgínia e outros funcionários da UTI, subordinados à médica. Eles foram acusados pela morte de oito pacientes. De acordo com a denúncia, eles teriam usado técnicas médicas para que oito pacientes viessem a óbito, com o objetivo de liberar leitos na unidade.
Na decisão, Avellar considerou que as provas apresentadas pelo Ministério Público causavam dúvidas quanto a existência dos crimes apontados pelos promotores. "Uma decisão de pronúncia que se repute minimamente democrática jamais poderia se amparar em afirmações genéricas no sentido de que 'ocorriam antecipações' de óbito na UTI do Hospital Evangélico", disse o juiz na decisão.
Com a decisão, os oito acusados não devem ir a Júri Popular, conforme desejava o Ministério Público. Em nota, o advogado de Virgínia, Elias Mattar Assad disse que a cliente foi injustamente presa, acusada de práticas criminosas e linchada moralmente. O advogado também afrimou que a médica foi "demonizada nos meios de comunicação". "Ficou provado que a médica apenas praticou atos com justificativas em literaturas médicas e objetivos de salvar vidas de pacientes críticos", afirmou o advogado.
Procurado, o Ministério Público do Paraná informou que vai recorrer da decisão de Avellar. As informações são de Samuel Nunes, Malu Mazza e Diego Ribeiro, G1 PR e RPC, Curitiba.
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