Dois homens são suspeitos de ferir foliões com agulha durante o carnaval no Grande Recife — Foto: PCPE/Divulgação
Cerca de 190 pessoas procuraram atendimento médico com relatos de agressões por agulhas. Todas foram atendidas no Hospital Correia Picanço, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, mas não tiveram os resultados dos exames divulgados.
Até esta segunda (11), a Polícia Civil registrou sete boletins de ocorrência. "Pedimos que a população compareça às delegacias ou procure o Disque Denúncia", afirma o delegado Ivaldo Pereira, da Diretoria Integrada Metropolitana.
O homem retratado nessa segunda imagem foi visto duas vezes pela vítima. Segundo o relato, ele estava vestido de anjo.
"Nesse segundo retrato, a vítima relatou ter sentido a agulhada, mas não viu nenhum objeto. Ela só percebeu a coincidência quando uma amiga sentiu a agulhada e a vítima viu o mesmo rapaz", conta a perita papiloscopista Solange Silva, responsável pela confecção do segundo retrato falado.
O primeiro retrato foi divulgado na sexta (8), de um homem que aparenta ter 30 anos e foi visto na terça (5), pela manhã, no Sítio Histórico de Olinda. "Há um outro retrato falado sendo preparado", mas ainda faltam detalhes técnicos", afirma o diretor do Instituto de Identificação Tavares Buril, Pablo Carvalho.
A Polícia Civil designou o delegado Breno Varejão para as investigações do caso, na Delegacia da Avenida Rio Branco. "Algumas pessoas preferem ficar no anonimato, o que é um problema para nós. Precisamos da ajuda da população para elucidar esse crime. Pela quantidade de vítimas, não descartamos a hipótese de haver outros envolvidos", diz Pereira.
As informações podem ser fornecidas por meio do Disque Denúncia no número (81) 3421-959. A Delegacia da Rio Branco pode ser acionada através do número (81) 3184-3452.
Agressões e atendimento médico
No dia 5 de março, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) havia contabilizado pelo menos dez pessoas que procuraram o Hospital Correia Picanço após sentirem picadas de agulha durante o carnaval. No dia seguinte, o número subiu para 25.
O hospital é referência no atendimento de doenças infecto-contagiosas e, no dia 7 de março, já passava de 100 o número de relatos de agressões com agulha. Após os relatos, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o crime de "expor a risco a vida de outrem por transmissão de moléstia grave".
Todos os pacientes foram liberados, segundo a SES. Antes, no entanto, tomaram medicamentos que são ministrados para prevenção ao vírus HIV. Eles também receberam a orientação para voltar à unidade de saúde em 30 dias, prazo necessário para a conclusão desse tratamento. As informações são da Marina Meireles, G1 PE.
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