Donos e condutores de embarcações lamentam queda no número de passageiros em Petrolina (PE)



Donos e condutores de embarcações lamentam queda no número de passageiros em Petrolina. — Foto: Amanda Franco/ G1

O distanciamento social para evitar a disseminação do novo coronavírus tem afetado diretamente o movimento nos transportes coletivos em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. É o caso das embarcações que trafegam o rio São Francisco.

As barcas que fazem travessia para a cidade baiana de Juazeiro tiveram uma queda grande no fluxo de passageiros. Elas transportavam cerca de 3 mil pessoas por dia e o número caiu para a média de 200 pessoas. Das dez embarcações que fazem o serviço, só duas estão funcionando. "Nunca tinha acontecido na nossa região, reduzir o número de barcos, o número de passageiros em 95%, mas com fé em Deus isso vai melhorar", espera o timoneiro Jair Lopes.

Os responsáveis por roteiros turísticos pelas águas do rio também já sentem os impactos causados pela pandemia da Covid-19. Em janeiro, uma das empresas, realizou 14 passeios, reunindo mais de 2.100 pessoas. Em março foram 400 passageiros, em apenas seis passeios. O último realizado no dia 15 deste mês. Foi preciso parar para evitar aglomerações e principalmente, porque os turistas sumiram.

"Esperávamos que esse mês de abril com a semana santa, com alguns feriados, com a chegada do 1º de maio tivesse um aumento considerável e agora paramos de vez. Onde o nosso roteiro contempla justamente o agronegócio através do enoturismo e o ecoturismo que é a navegação no rio São Francisco. Temos parceiros, guias de turismo, músicos, hotéis, restaurantes, taxistas, enfim, todo mundo depende dessa cadeia do turismo, do enoturismo aqui no Vale do São Francisco. E agora a gente está parado, sem previsão, nessa expectativa, a depender do comportamento da população, que a gente retorne o mais rápido possível", explica o empresário de roteiros turísticos, Luiz Rogério Pereira.

Já as travessias que levam turistas e moradores às ilhas do rio São Francisco foram suspensas. A determinação veio no último sábado (21), por meio de um decreto municipal. O documento assinado pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, também proíbe o acesso às ilhas que ficam no município, que só poderão ser frequentadas por quem mora nelas. Na ilha do Rodeadouro, o movimento nos dias de domingo chegavam a 500 passageiros, mas desde o dia 15 as embarcações estão ancoradas. As informações são do G1 Petrolina.

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