Do Bandsports
Nos últimos anos se tornou recorrente ver a Mercedes liderando tanto o campeonato como os testes de pré-temporada da Fórmula 1, que acontecem normalmente duas semanas antes da primeira prova. Entretanto, a vencedora dos últimos sete campeonatos de construtores viu sua principal adversária, Red Bull, dominar com folga os testes deste ano.Twitter/Mercedes
Por um lado, o RB16-B teve pouquíssimos problemas no Bahrein. Verstappen, que já estava acostumado com o carro, dominou os treinos marcando o melhor tempo geral. Já seu companheiro de equipe, Sergio Pérez, precisou de mais tempo para se adaptar, mas mesmo assim teve um bom desempenho.
Enquanto isso, o que se viu na equipe alemã foram muitas falhas, como a da caixa de câmbio que obrigou Valteri Bottas a permanecer nos boxes por quase todo primeiro dia de treino, saindo para a pista para dar apenas seis voltas. Como se já não bastasse, o heptacampeão mundial Lewis Hamilton parecia não conseguir manter o carro na pista, tendo muitos problemas na parte traseira do W12, onde a própria equipe admitiu não ter respostas para esta falha. O britânico com 97 pole positions não conseguiu marcar nem perto do melhor tempo, ficando 1s065 atrás do holandês da RBR.
“Era bem evidente que o carro estava se comportando mal enquanto a RBR tinha um carro muito estável. É uma observação justa, e os tempos por volta refletiam isso. Mas também é justo dizer que não temos respostas. Há uma grande quantidade de dados disponíveis para nós, e agora, temos uma longa jornada pela frente para entender o que estava causando isso”, disse James Vowles, estrategista da Mercedes.
Já o engenheiro de pista da Mercedes, Andrew Shovlin, tentou explicar o motivo do problema na parte de trás do carro, alegando que o clima foi um fator prejudicial.
“Quando o vento está atrás do carro, você perde muito arrasto porque a velocidade do ar é reduzida. É muito fácil superaquecer os pneus nesse circuito, e se você começa a deslizar, perde aderência. Nossos concorrentes não estavam lutando como nós, então, precisamos entender por que a traseira estava fraca, como podemos torná-la mais estável e previsível, e esse trabalho está acontecendo agora. Espero que, quando chegarmos ao fim de semana da corrida, não seja tão difícil para os pilotos”, apontou o engenheiro.
“Eu diria que a Red Bull está à frente em desempenho”, disse Andrew. “Eles são o ato de classe do teste. Mas é um teste, não é uma corrida”, explicou.
A Mercedes foi na contramão da maioria das equipes e não realizou o chamado shakedown, onde as escuderias têm direito a 100 km de testes que servem para verificar o funcionamento do carro. Porém com todos os problemas nos testes, a equipe alemã optou na última terça-feira, 16, por utilizar essa quilometragem para tentar solucionar as falhas.
“Vamos ter uma temporada de encerramento? Eu diria que sim”, acrescentou Vowles. “A Red Bull é um adversário feroz, tem um pacote forte e claramente saiu da caixa muito rápido. O resultado disso é que, ao longo da temporada e em diferentes layouts de pista, tenho certeza de que você nos verá avançando e retrocedendo em relação a eles”, concluiu.
A nova temporada da F1 terá transmissão exclusiva do Grupo Bandeirantes. O Bandsports exibirá os treinos livres e classificatório ao vivo, e as provas terão cobertura da Band.
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