Pais cobram assistência médica e tratamentos para filha de 5 anos com hidrocefalia congênita

Maria Valenthyna não anda e nem fala e precisa ser acompanhada por equipe multiprofissional — Foto: Reprodução/ TV Grande Rio


Maria Valenthyna, de cinco anos, junto com a família vem travando uma luta para ter acesso a serviços e atendimentos no Sistema Único de Saúde, em Araripina, no Sertão de Pernambuco. A menina foi diagnosticada com hidrocefalia congênita e precisa de medicamentos, exames e assistência médica para conseguir ter mais qualidade de vida.

A mãe da criança, Emanuella Arruda, descobriu na gestação que a filha tinha hidrocefalia, um acúmulo excessivo de líquido no cérebro. “Ela foi diagnosticada com hidrocefalia congênita no início do sétimo mês de gestação e eu descobri através de uma ultrassom de rotina e passou um misto de sentimentos na minha cabeça, de como seria, quais as dificuldades que a gente teria que enfrentar. Ela já ia precisar logo depois do nascimento já de cirurgias”.

Passado o susto inicial, a família se manteve confiante. Valenthyna chegou ao mundo em 2017 e tudo parecia bem. Com acompanhamento médico, ela se desenvolvia e tinha uma rotina normal, mas aos três anos de idade, tudo mudou.

“Até os três anos de idade, ela vinha se desenvolvendo no tempo certo. Já ia para escolinha. Ela sentou no tempo certo, caminhou no tempo certo, falou tudo no tempo certo. Hoje Maria Valenthyna não fala, não anda e agente vem travando uma luta para conseguir o tratamento dela. Ela precisa de um tratamento multidisciplinar, precisa de terapias, de fonoaudióloga e a gente não tem condições financeiras de arcar com o tratamento e o jeito que tem é esperar pelo SUS”.

Depois de passar por cinco cirurgias, vieram outros problemas de saúde, que exigiram ainda mais garra de Valenthyna, além de dedicação e investimentos da família. A menina precisa de um suporte de profissionais da saúde que vai de neurologista a fonoaudiólogo, e de exames e medicamentos, que são de alto custo. Os pais arcavam com tudo, mas a situação complicou porque Emanuella parou de trabalhar para cuidar da filha e Leonardo sofreu um acidente de trabalho e não pode mais exercer a profissão. Além de Valenthyna, os pais têm outros dois filhos e hoje contam apenas com o benefício de prestação continuada e com a ajuda de parentes.

Para ter mais qualidade no dia a dia, os pais da menina estão tentando adquirir uma cadeira especial para ela, funciona como um carrinho de reabilitação, que se adapta às necessidades da criança. O problema é que o equipamento custa em média R$20 mil e eles não têm condições de comprar.

“Não é nada fácil ver um filho na situação que ela está hoje, uma criança que tinha toda energia e hoje está em cima de uma cama, sem caminhar, sem falar. Para mim é muito difícil, já se passaram dois anos. Minha esperança é ver minha filha caminhando e falando, eu tenho fé em Deus que ela via conseguir”, destacou a mãe.

Sobre o fornecimento de medicamentos, a Secretaria Estadual de Saúde informou por meio de nota que acompanha a solicitação da paciente por meio do núcleo de ações judiciais da pasta. E que, até o momento, não há decisão judicial sobre o assunto.

Sobre o atendimento médico, a Secretaria Municipal de Saúde de Araripina esclareceu que já há uma marcação de consulta com neuropediatra para a menina, mas que estavam com problemas de contato com a família. O atendimento deve ser realizado na quinta-feira da semana que vem no Hospital das Clínicas, em Recife. Também pedimos nota à Justiça de Pernambuco sobre o andamento do processo, mas até o momento não tivemos respostas.

Como ajudar?

Já para fazer parte de uma corrente de solidariedade de Valenthyna, as doações em dinheiro podem ser feitas via pix para o CPF: 076.258.994-97.

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