Evento orienta produtores sobre manejo da podridão da uva madura

Divulgação Embrapa


Junto das chuvas que chegam ao Vale do São Francisco, vêm também as preocupações aos produtores de uva da região. Uma das principais delas é a ocorrência da podridão da uva madura ou podridão de glomerela, doença que se desenvolve especialmente nas condições de clima mais úmido e causa grandes perdas na produção e na qualidade das uvas.

Para auxiliar os produtores a lidarem com a situação, a Embrapa irá promover o Workshop Manejo da Podridão de Glomerela em Videira, no dia 8 de junho (quarta-feira), a partir das 18h, no Auditório da Biblioteca da Univasf, em Petrolina-PE.

O evento é gratuito, sem necessidade de inscrição prévia, e contará com palestras sobre epidemiologia, manejo e controle da podridão de glomerela em videira, com os pesquisadores Diógenes da Cruz Batista (Embrapa Semiárido, Petrolina-PE) e Lucas Garrido (Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves-RS).

A podridão da uva madura é uma doença causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, que tem como forma perfeita ou sexuada a espécie Glomerella cingulata, que dá nome à doença. Problema frequente na região Sul do Brasil desde o início dos anos 2000, passou a provocar perdas significativas nos parreirais do Vale do São Francisco a partir de março de 2020, em pleno período chuvoso.

Além do fator climático, como elevada umidade e altas temperaturas, outro aspecto que favorece o aparecimento do patógeno é a produção de uvas com alto teor de açúcar. Assim, sua ocorrência na região do Vale também está associada ao aumento significativo da área plantada com cultivares com essa característica, como a BRS Vitória, a BRS Núbia e a Sweet Globe.

A infecção pode acontecer em qualquer fase de desenvolvimento do fruto, e para controlar do problema é importante que o manejo seja rápido e eficiente, evitando os prejuízos e a expansão da doença.

A estratégia mais indicada é, em primeiro lugar, fazer o controle preventivo no início das chuvas. Após a infecção, o manejo inclui a retirada e eliminação dos cachos infectados, medida mais importante após a instalação do patógeno, sem a qual existe a possibilidade de total falha no controle, mesmo com a pulverização de fungicidas.

A aplicação de produtos químicos na planta deve ser realizada durante o ciclo produtivo, inclusive no período de repouso. A estratégia de aplicação deve fazer uso de fungicidas registrados, produtos comerciais para controle biológico ou à base de extratos de plantas e sanitizantes, sempre com atenção para os resíduos que possam permanecer na fruta.

Essas informações são da Ascom - Embrapa

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