Trump determina suspensão de ajuda militar à Ucrânia


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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou, na segunda-feira (3), a suspensão da assistência militar à Ucrânia. A medida, segundo o secretário de Estado, Marco Rubio, será adotada para revisar a ajuda enviada ao país, uma vez que o principal objetivo do governo é garantir o avanço das negociações de paz.

"O presidente Trump é o único líder no mundo agora que tem uma chance de trazer um fim duradouro à guerra na Ucrânia. Queremos levar os russos a uma mesa de negociação. Queremos explorar se a paz é possível”, disse Rubio, em comunicado.

A decisão ocorre poucos dias após uma reunião que terminou em bate boca entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. No Salão Oval da Casa Branca, o republicano chamou o representante de Kiev de “ingrato” pelo apoio de Washington na guerra e o acusou de não querer negociar o fim do conflito com a Rússia.

A alegação foi refutada por Zelensky, que disse que é possível chegar a um cessar-fogo. Para isso, contudo, será preciso um acordo de paz que englobe garantias de segurança para Kiev, visando evitar uma nova invasão russa.

“A ausência de garantias de segurança para a Ucrânia há 11 anos permitiu que a Rússia começasse com a ocupação da Crimeia e a guerra em Donbass. Mais tarde, a ausência de garantias de segurança permitiu que a Rússia lançasse uma invasão em larga escala, e agora, devido à falta de garantias, a Rússia continua a alimentar esta guerra”, disse.

Em meio à relutância de Trump em convencer a Rússia de acordar garantias de segurança, o presidente ucraniano anunciou que trabalhará num acordo de paz com aliados europeus. A decisão aumentou a tensão entre Estados Unidos e Europa, uma vez que a distância entre as nações europeias e a Rússia pode prejudicar as negociações.

“A América não vai tolerar isso por muito mais tempo. É o que eu estava dizendo, esse cara [Zelensky] não quer que haja paz enquanto tiver o apoio da América”, escreveu Trump nas redes sociais, momentos antes de decidir suspender a ajuda militar à Ucrânia.




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