Após acordo sobre tarifas, Brasil quer revogar sanções impostas pelos EUA a autoridades brasileiras

Presidente Lula | Ricardo Stuckert/PR



O governo brasileiro já tem um novo objetivo nas negociações com os Estados Unidos, após celebrar o recuo dos Estados Unidos sobre a tarifa adicional de 40% para produtos brasileiros. O Ministério das Relações Exteriores busca agora avançar na negociação para revogar sanções impostas por Washington a autoridades do país.

Entre as medidas estão a suspensão de vistos de ministros e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

As tarifas e as sanções fazem parte de um movimento político norte-americano contra o Brasil após a condenação de Jair Bolsonaro. Aliados do ex-presidente estiveram na Casa Branca para articular uma reação dos EUA.

Em julho, o secretário de Estado Marco Rubio anunciou a suspensão dos vistos de ministros do STF no mesmo dia em que Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro. Pouco depois, o governo Trump aplicou as sanções contra Moraes. Em setembro, a esposa do ministro também entrou na lista de penalidades.

Segundo o Itamaraty, a retirada dessas punições sempre integrou as conversas bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.

A decisão norte-americana de suspender a tarifa de 40% beneficia produtos como carne, café e diversas frutas, embora bens manufaturados continuem sujeitos à sobretaxa. A medida foi publicada oficialmente pela Casa Branca.

Ao todo, mais de 200 itens foram incluídos na lista de exceções ao tarifaço, válida para carga que entrou nos EUA a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o chanceler Mauro Vieira e Marco Rubio, que discutiu o tema.

Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido tarifas de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, aplicadas a diversos países. Para o Brasil, as taxas haviam sido reduzidas de 50% para 40%.




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