Servidores em Educação fazem ato por reajuste salarial em Petrolina

Professores fazem ato por reajuste salarial e melhorias na educação (Foto: Yuri Matos/G1)

Servidores em Educação de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, realizaram uma manifestação nesta quarta-feira (16) contra a perda de direitos dos professores e cobrando o cumprimento da Lei nº 11.738, que determina o piso nacional da categoria. O movimento integra a paralisação nacional, que começou na terça-feira (15) e segue até a quinta-feira (17).
O protesto foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) e teve apoio do Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolina (Sindsemp). Os docentes se reuniram na Praça do Bambuzinho, no Centro de Petrolina, por volta das 10h. Eles discutiram as pautas e saíram em caminhada pelas ruas entregando panfletos.
Segundo o coordenador regional do Sintepe, Robson Nascimento, a manifestação faz parte da pauta nacional organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). “As revindicações são contra a perda de direitos da categoria, pois estamos em uma conjuntura em que tudo tende para a retirada dos direitos do trabalhador, incluindo o não cumprimento da Lei do Piso, que prevê um reajuste salarial de 11,3% para todos os professores, e que não está sendo cumprida por nenhum ente federativo. O governo de Pernambuco não cumpriu com a Lei no ano passado e este ano não se pronunciou sobre isso”, declarou.
Manifestação integra o movimento de nacional. (Foto: Yuri Matos/G1)Manifestação integra o movimento de nacional
(Foto: Yuri Matos/G1)
Ainda de acordo com Robson, outras pautas incluem a não aprovação de um projeto de lei que está no Congresso Nacional e prevê a terceirização do serviço público. A categoria também é contra a entrega das escolas às organizações sociais e contra a militarização delas. “Outra revindicação nacional é sobre a reorganização das redes públicas, o que reduziu os postos de trabalhos, sobretudo dos professores”, acrescentou.
A secretária de aposentadoria do Sintepe, Socorro Braga, foi uma das profissionais em Educação que participou do movimento. “A Educação, principalmente em Petrolina, está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Lutamos contra a precarização da escola, pois faltam condições de trabalho, material adequado, os salários atrasados. Só nos resta mostrar para a sociedade a realidade que enfrentamos. Queremos poder dialogar com o governo para resolver esses problemas. O que queremos apenas é uma educação de qualidade”, disse.
No Sertão de Pernambuco, segundo o Sintepe, a adesão à greve é de mais de 93%, com 60 das 64 escolas da rede estadual totalmente paralisadas e quatro funcionando de forma parcial. Apenas em Petrolina, são quase 30 mil estudantes sem aula. O Sindsemp declarou que as aulas devem ser repostas.
O Governo Federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre a greve dos professores.      (Do G1 Petrolina)

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