Foto: Reprodução
A ação ocorreu enquanto os acampados estavam trabalhando no campo, e não resultou em violência. De acordo com o agricultor familiar, Antônio José Pereira, durante a reintegração eles perderam móveis, roupas e objetos pessoais. Ao ser informado da derrubada, Antônio se dirigiu ao acampamento, mas só conseguiu fazer filmagens dos móveis em chamas.
“Quando cheguei não tinha o Oficial de Justiça, policiais ou nenhum documento com a ordem de reintegração de posse, apenas os guardas que fazem a vigilância do canal e uma representante do departamento de Latifúndio da Codevasf dizendo que tinha o poder de polícia para fazer aquilo”, comentou ele.
Sem entender o motivo de a Codevasf se envolver num ato não relacionado à companhia, a presidente do sindicato, Isália Damacena, o advogado José Netto Bezerra e o diretor do Sintraf, Natalício Sá, marcaram uma reunião com representantes da instituição para as 14h de ontem – o que acabou não acontecendo.
“Até agora não entendi por que a Codevasf fez essa desocupação se a área do acampamento Chico Sales não pertence a ela, já que é uma propriedade privada. E mesmo que fosse dela, deveria haver uma notificação prévia ou algo do tipo. O que não ocorreu”, afirma.
Segundo a sindicalista, o Sintraf tem buscado contato com responsáveis pelo DINC (Distrito de Irrigação) e a própria Superintendência da Codevasf, mas não obtém respostas. “A única informação que tive foi que o pessoal do DINC serviu apenas de apoio [à ação]”, concluiu ela ao lembrar que a Fazenda Copa Fruit está desativada há 10 anos.
Informações do Jacó Viana
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