O casal Paulo Mello e Vanneska Arrais deu início ao projeto 'Geladeira Cultural' em Petrolina. — Foto: Beatriz Braga/G1 Petrolina
“Foi uma surpresa encontrar a geladeira cultural, na Integração. De longe, avistei algo colorido e, como sou fascinada por arte de rua, me aproximei e me deparei com a geladeira. Como aqui na cidade ainda temos poucos eventos de literatura, quase nenhuma livraria, achei a iniciativa muito bacana e fotografei para que outras pessoas que não passam por lá ou que de repente se interessariam, conhecessem, e quem sabe, divulgassem também”, relatou Andressa.
A geladeira que guarda livros fica na calçada de um ateliê de artes, onde o casal Paulo Mello e Vanneska Arrais iniciaram juntos o projeto ‘Geladeira Cultural’. A ideia na verdade veio através de experiências que já acontecem pelo Brasil, de pessoas que utilizam geladeiras quebradas como depósitos de livros.
“Nós estávamos com uma geladeira parada, sem uso, e queríamos dar um fim nela. Minha esposa viu algo sobre essa geladeira cultural em algum lugar do Brasil e resolvemos fazer a mesma coisa aqui. Abastecemos com livros e revistas que tínhamos, e já tem uma receptividade grande, pois o pessoal já está trazendo livros”, afirmou Paulo.
Colocar uma geladeira colorida no meio da rua, cheia de livros, foi uma atitude ousada, mas a resposta à iniciativa do casal veio logo no dia seguinte, quando eles abriram a geladeira e se depararam com mais livros.
Livros infanto-juvenis, gibis, revistas e até cadernos de exercícios escolares e de de pré-vestibular estão à disposição na geladeira. — Foto: Beatriz Braga/G1 Petrolina
“A gente colocou um monte de livro e quando foi ver lá já tinham outros livros que não eram nossos”, disse Vanneska.
Segundo Paulo Mello, por estar localizada em uma zona próxima a escolas, a geladeira cultural tem atraído crianças e adolescentes, principalmente no horário de saída da aula. “Quem está levando muito os livros são os meninos que saem da escola. Aqui tem uma parada de ônibus e eles param. Virou um ponto de referência, e eles ficam lendo ate o ônibus chegar”, contou.
Agora, a expectativa do casal é conseguir manter vivo o projeto e chamar a atenção de mais pessoas para a importância de incentivar a leitura, e para que mais livros sejam arrecadados. “A gente está tentando manter viva essa ideia de que a educação é a base primoridial para tudo. A leitura, quando você começa cada vez mais cedo, você tem mais curiosidade de aprender", destacou Vanneska. As informações são de Beatriz Braga e Emerson Rocha / G1 Petrolina.
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