Pais de crianças com autismo fazem mobilização na Câmara de Petrolina (PE)

(Foto: Reprodução/ TV Grande Rio )

Pais de crianças com autismo participaram de uma manifestação nesta quinta-feira (13), durante a sessão na Câmara de Vereadores de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O grupo protesta contra a exoneração de auxiliares de autistas nas escolas da rede municipal de ensino.

O filho de Isolda Mendes, de 10 anos, estuda na Escola Rubens Amorim, na Vila dos Ingás e é acompanhado por um auxiliar especializado. A mãe do pequeno Felipe teme que o garoto fique sem o serviço. “Ele precisa de um acompanhamento para fazer a leitura, e ele está começando a se despertar, conhecendo a leitura. Eu só quero que o município, as escolas em geral, dê apoio a quem precisa”, diz.

De acordo com os representantes do movimento “Ensinar com Inclusão é Incluir”, os auxiliares de autistas serão substituídos por assistentes educacionais, que não seriam preparados para trabalhar com esse público. Com isso, cerca de 200 alunos autistas podem ser prejudicados.

“Esse processo que selecionou essas pessoas, selecionou pessoas completamente despreparadas para prestar um serviço de cuidados pessoas às crianças na escola, e esse não é o serviço que nossas crianças precisam”, destaca Luciana Lacerda, mãe de uma criança com autismo.

A Comissão de Educação da Câmara de Vereadores está atuando no caso. “Tivemos duas reuniões, tanto com os pais como com os auxiliares de autistas. Estamos encaminhando um dossiê à Secretaria de Educação para que tome conhecimento e chamando a atenção que essa mudança pode comprometer pedagogicamente a qualidade da educação para essas crianças autistas”, diz a vereadora Cristina Costa (PT), relatora da Comissão de Educação da Câmara.

O desejo de Jerry Lew dos Santos, pai de Rafael, de 6 anos, é que a situação seja resolvida. O filho dele estuda na Escola Professora Mariquinha, na Areia Branca. “Espero que corrija isso aí, porque se iam contratar outros assistentes, por que não prolongou o contrato desses, que já têm dois anos? Espero que seja revogado”, afirma.

A Prefeitura disse em nota que, com o encerramento dos contratos temporários dos profissionais, depois de dois anos de permanência em atividade, que é o limite máximo que a legislação permite, a Secretaria de Educação realizou nova seleção e que todos os profissionais de apoio contratados receberão formação para atuar. Garantiu ainda que a mudança de profissional não traz nenhum prejuízo pedagógico ao estudante, visto que a função pedagógica é desempenhada pelo professor regular de ensino.

Confira a nota completa

A Prefeitura esclarece que a rede Municipal tem evoluído nos três últimos anos na política da Educação Especial/Inclusiva, ofertando o processo regular de ensino, um quadro de profissionais capacitados, a exemplo do professor do AEE (Atendimento Educacional Especializado), interprete e instrutor de LIBRAS e professor brailista. A gestão disponibiliza também profissionais de apoio as crianças e adolescentes que tem a necessidade comprovada, conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.Com o encerramento dos contratos temporários dos profissionais, após dois anos de permanência em atividade, que é o limite máximo que a legislação permite, a Secretaria de Educação realizou nova seleção e ressalta que todos os profissionais de apoio contratados receberão formação para atuar. A SEDUCE ressalta que a mudança de profissional não traz nenhum prejuízo pedagógico ao estudante, visto que a função pedagógica é desempenhada pelo professor regular de ensino. As informações são do G1 Petrolina.

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