Restrição causou queda de 90% no faturamento de metade das empresas do AP, diz Fecomércio



Após decretos de 20 de março, lojas do centro comercial de Macapá fechadas — Foto: Caio Coutinho/G1

Contabilizando as perdas com a restrição de funcionamento e fechamento de empresas a partir dos decretos estadual e municipais em prevenção ao novo coronavírus, a Federação do Comércio do Amapá (Fecomércio-AP) apresentou aos gestores públicos números do impacto das ações no setor.

As informações foram consolidadas após pesquisa feita com mais de 900 donos de estabelecimentos e com mais de 10 dias da vigência dos decretos, a queda no faturamento superou os 60% em 7 de cada 10 empresas ouvidas. Metade delas relatou perdas extremas que ultrapassam os 90%.

As informações sobre o impacto da crise foram coletadas pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio do Amapá (IPDC) entre os dias 26 e 27 de março.

Os indicadores apontam ainda que 76% das empresas alegam que, caso permaneça a situação, conseguem se manter por apenas 30 dias. Em relação a funcionários, 15% dos empresários responderam que já demitiram trabalhadores e outros 40% não tem como manter o quadro atual de contratados.

O Sistema Fecomércio no Amapá encaminhou ao governador Waldez Góes e ao prefeito de Macapá Clécio Luís, uma carta do setor solicitando a reabertura do comércio, desde que respeitadas normas de segurança e higiene para evitar a proliferação do vírus.

“As entidades propõem a regularização do funcionamento do comércio conforme horários e dias estabelecidos no estudo, a redução de até 20% do efetivo total de funcionários de cada empresa, podendo adotar regime de escalas quando houver necessidade”, diz a Fecomércio.

A categoria reforça ainda que será garantida a quarentena aos profissionais que se enquadrem nos grupos de risco de contágio, sem cortes de salários e benefícios.

O presidente do Sistema Fecomércio, Eliezir Viterbino, ressaltou que foram solicitadas medidas também para garantir a sobrevivência das empresas, entre elas a redução de impostos, como o ICMS, IPTU e suspensão da inclusão de empresas e pessoas físicas em cadastros de inadimplentes.

“Tem que observar, poder público, sociedade e os colaboradores que esse momento é de salvar a manutenção do que for preciso de empregos. Tem um valor social enorme, a manutenção de empregos”, apontou Viterbino.

Os dados indicam ainda que cerca de 91% dos empreendedores locais participariam de uma grande mobilização pela reabertura do comércio, sendo que 51% defende o retorno imediato das atividades e 40% está disposto a aguardar a pandemia passar. As informações são do G1 AP.

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