'Comprometeu a função policial', diz secretário sobre perito que atuou no Caso Beatriz, menina morta com 42 facadas

Governo de Pernambuco realizou coletiva de imprensa sobre o Caso Beatriz nesta terça-feira (21) — Foto: Pedro Alves/g1


"[Ele] comprometeu a função policial e, assim, seguindo inclusive uma linha de outros agentes públicos que prestem serviço privado de forma ilegal, o posicionamento foi pela demissão". A fala é do secretário de Defesa Social de Pernambuco, Humberto Freire, sobre a exoneração do perito criminal, que atuou no Caso Beatriz, menina morta com 42 facadas em 2015.

No dia 5 de dezembro, os pais de Beatriz, Lucinha Mota e Sandro Romilton, começaram uma caminhada de Petrolina, cidade em que ocorreu o crime, no Sertão, para o Recife, para pedir providências sobre o caso. São mais de 700 quilômetros.

Nesta terça (21), o governo do estado informou que o governador Paulo Câmara (PSB) iria receber a família da menina junto com o secretário de Defesa Social e com o chefe de Polícia Civil, Nehemias Falcão.

No entanto, eles não chegaram a tempo, e, por isso, o governo ofereceu um carro para trazê-los de Pesqueira, no Agreste. A família recusou o transporte para não esvaziar o propósito da caminhada.

Por causa disso, a SDS fez uma coletiva de imprensa, que contou, ainda, com a presença do corregedor-geral da secretaria, Paulo Loyo. De acordo com o secretário Humberto Freire, a SDS pediu a demissão do perito criminal ao governo do estado. Agora, cabe ao governador Paulo Câmara concretizar a exoneração.

"Ficou comprovado que um agente público de fato trabalhou de forma privada, o que a legislação proíbe, vendeu consultoria ao colégio, presidiu uma cooperativa de peritos criminais. Tudo isso comprovou que comprometeu a função policial", declarou o secretário.

Nos autos do processo foram incluídas informações, inclusive, sobre imagens de drone e outros materiais feitos pelo perito para a venda de um plano de segurança para a escola onde a menina foi assassinada.

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